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Adultização: o que é e por que devemos ficar atentos

Você já viu crianças falando ou se vestindo como se já fossem adultas? Isso não é só moda passageira, é um fenômeno chamado adultização. Ele acontece quando a sociedade, marcas e até a própria família empurram comportamentos, roupas e responsabilidades de adultos para os pequenos. O resultado? Crianças que perdem parte da infância e ficam vulneráveis a vários riscos.

Como a adultização aparece no cotidiano

Olhe ao redor: personagens de desenhos são transformados em coleções de roupas apertadas, campanhas de marketing vendem brinquedos que parecem eletrodomésticos e programas de TV dão mais atenção a dramas adultos, mesmo que o público‑alvo sejam crianças. Essa pressão também vem das redes sociais, onde influencers usam crianças como acessórios de moda. Quando tudo parece “cool” só porque parece adulto, a linha entre infância e maturidade se desfaz.

Outro ponto crítico é a linguagem. Muitas vezes, pais e professores utilizam termos muito sérios ou dão tarefas de responsabilidade excessiva, como cuidar de finanças da família ou resolver problemas de adultos. Isso pode gerar ansiedade e tirar a curiosidade natural da infância, que é essencial para o aprendizado.

Consequências reais da adultização

Os efeitos não são só psicológicos. Estudos apontam que crianças expostas a conteúdos e situações adultas apresentam maior risco de desenvolver depressão, baixa autoestima e problemas de relacionamento. Na prática, elas podem ter dificuldades em brincar livremente, o que impede o desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. Além disso, a exposição precoce a temas como sexualidade ou violência pode gerar comportamentos inadequados e confusão.

Na escola, professores que tratam os alunos como pequenos adultos podem perder a oportunidade de usar metodologias lúdicas que facilitam o aprendizado. O resultado? Desinteresse, evasão e notas baixas. Quando a pressão vem de casa, o filho pode assumir encargos que não consegue cumprir, aumentando o estresse familiar.

Mas como identificar se a adultização já está presente na vida de alguém? Observe a roupa: se o menino está usando roupas de modelo adulto ou maquiagem, pode ser um sinal. Preste atenção ao discurso: se as conversas giram sempre em torno de dinheiro, trabalho ou relacionamentos sérios, há risco de sobrecarga. Também fique de olho nas atividades: se a criança tem pouco tempo para brincar ao ar livre e passa a maior parte do dia em frente a telas, algo não vai bem.

Combater a adultização é tarefa de todos – pais, educadores, mídia e marcas. Comece restringindo o acesso a conteúdos que não são adequados à idade e escolha brinquedos e roupas que respeitem a fase de desenvolvimento. Incentive brincadeiras criativas, sem objetivo de consumo, e converse abertamente sobre o que a criança vê na TV ou nas redes sociais.

Na hora de comprar, prefira marcas que valorizam o conforto e a faixa etária correta. Se encontrar anúncios que tentam vender “estilo adulto” para crianças, denuncie e compartilhe a preocupação com outros pais. Lembre‑se: a infância tem tempo limitado, e perder esse momento pode trazer prejuízos duradouros.

Em resumo, a adultização não é só um tema de moda ou entretenimento; é uma ameaça ao desenvolvimento saudável das crianças. Ao ficar atento ao que elas vestem, falam e consomem, você ajuda a preservar a infância e a garantir que elas cresçam de forma equilibrada, com espaço para brincar, aprender e ser criança.

Felca expõe bastidores da infância e alerta no Altas Horas sobre perigo da exposição infantil na internet

Felca expõe bastidores da infância e alerta no Altas Horas sobre perigo da exposição infantil na internet
Jonatas Santana 18/08/25

Felca abriu o jogo no Altas Horas sobre sua infância e os riscos da exposição precoce de crianças na internet. Ele relembrou o veto dos pais quando tentou ser criador aos 12 anos, detalhou bastidores do vídeo "Adultização" e criticou a conivência de plataformas digitais, após denunciar exploração infantil.

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