
Chuvas intensas e ventos fortes deixam 50 cidades em alerta em MS
Você já se pegou preso no trânsito por causa de uma pancada de chuva inesperada? Agora imagine isso multiplicado por 50 cidades ao mesmo tempo, com rajadas de vento quase iguais às de um furacão fraco. Pois é exatamente esse o cenário que moradores de Mato Grosso do Sul estão vivendo agora. O alerta laranja emitido pelo INMET coloca boa parte do estado em estado de atenção máxima até o dia 27 de junho de 2025.
Não é aquela chuvinha comum de outono. A previsão aponta precipitações de 30 a 60 mm por hora, podendo chegar a 100 mm no acumulado do dia — para comparar, esse volume já é suficiente para criar pontos de alagamento e causar estragos em áreas urbanas. Os ventos são outro assunto sério: até 100 km/h, força suficiente para derrubar árvores, placas e até deitar postes de energia.
A lista de cidades afetadas é extensa. Entre as áreas mais preocupantes estão Sidrolândia, regiões sudoeste, sul, leste, Centro Norte e o coração do estado. Praticamente nenhum canto de MS escapa da ameaça desse temporal.

O que causa tanta instabilidade?
Quem olha para o céu só vê nuvens carregadas, mas o que está por trás disso? Os especialistas do INMET explicam: o grande vilão é a combinação de calor extremo e umidade vinda da Amazônia, que encontra frentes frias avançando do Sul do Brasil. Essa mistura turbulenta de ar quente e frio se potencializa com áreas de baixa pressão e cavados (que são como valas atmosféricas), jogando ainda mais lenha na fogueira da instabilidade.
Esse fenômeno acelera a formação de nuvens pesadas e potencializa as tempestades. Não é só a chuva: é comum termos também descargas elétricas, granizo e quedas de galhos ou até árvores inteiras. Agricultores ficam em alerta eterno — granizo pode destruir plantações em minutos, fora os transtornos das chuvas que encharcam o solo e dificultam qualquer trabalho no campo.
Esses problemas não ficam restritos ao campo. Nas cidades, a história se repete: interrupção no fornecimento de energia elétrica por cabos rompidos, alagamentos em ruas e garagens, acidentes de trânsito e até sustos maiores com pessoas abrigadas debaixo de árvores durante as tempestades.
O INMET deixou claro que estacionar carros próximos a torres de transmissão ou árvores é pedir para ter dor de cabeça. O mesmo vale para quem tenta se proteger sob árvores durante um temporal: o perigo de quedas e descargas elétricas é real.
Caso a situação piore, os moradores devem acionar imediatamente a Defesa Civil pelo 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193. Problemas no fornecimento de energia devem ser relatados à CEMIG, ligando no 116. Rapidinho, antes que o problema vire tragédia.
Como lidar com esse clima doido? A dica dos especialistas não varia: fique atento às atualizações do tempo, evite sair sem necessidade e mantenha sempre os contatos de emergência à mão. Pode parecer exagero, mas quem mora em Mato Grosso do Sul sabe — quando cai essa chuvarada, o melhor é respeitar o aviso.