Notícias do Brasil em Destaque

Thais Carla perde 60kg após cirurgia bariátrica e revela mudanças emocionais

Thais Carla perde 60kg após cirurgia bariátrica e revela mudanças emocionais
Jonatas Santana 26/09/25

A jornada de Thais Carla

Thais Carla da Rocha dos Santos, conhecida nas redes como Thais Carla, tem sido uma voz forte contra o preconceito contra pessoas gordas desde que começou a publicar, em 2014, vídeos de dança e reflexões sobre o direito de cada corpo ocupar espaço. Nascida em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, em 1991, ela se tornou influenciadora, coreógrafa, cantora e, sobretudo, ativista da positividade corporal. Em abril de 2024, porém, a trajetória ganhou um novo capítulo: a decisão de se submeter à cirurgia bariátrica.

No dia 28 de abril, Thais realizou o procedimento, conforme confirmado pelo marido, o empresário Israel Reis. Na época, ela ainda pesava pouco mais de 200 kg. Hoje, cinco meses depois, o número oficial é cerca de 145 kg – uma queda de 60 kg que surpreendeu seguidores e críticos. Mais do que números, porém, Thais tem enfatizado a mudança interna. "Não fiz a cirurgia porque me rejeito. Faço porque quero brincar com minhas filhas, porque quero voltar a dançar. É uma escolha de saúde, não de aparência", disse em um post recente.

Para lidar com a pele excedente, a influenciadora adotou uma cinta de suporte feita sob medida, que ela demonstra em vídeos mostrando como a peça suaviza a silhueta sob roupas. A estratégia, segundo ela, ajuda a reduzir desconfortos e a melhorar a autoestima enquanto o corpo ainda se adapta à nova forma.

Durante a recuperação, Thais sofreu também uma lesão no pé, que a obrigou a pausar a rotina de treinos por algumas semanas. Mesmo assim, ela continou a publicar diários de progresso, receitas saudáveis e momentos de família, reforçando a mensagem de que a mudança de estilo de vida é um processo contínuo.

Reações e debates sobre a cirurgia

Reações e debates sobre a cirurgia

A decisão de Thais Carla gerou intenso debate nas redes sociais. De um lado, há quem veja na sua escolha um ato de coragem e responsabilidade pessoal. "Ela tem todo o direito de cuidar da saúde e de ser feliz com seu corpo, sem precisar ser julgada por quem a acompanha digitalmente", comentou um dos seguidores que a apoia. Por outro, críticos apontam que a influenciadora pode estar contradizendo os princípios do movimento de body‑positive, que defende a aceitação de todos os corpos, independentemente de intervenções médicas.

Alguns ativistas argumentam que a cirurgia pode reforçar a ideia de que corpos gordos são problemáticos e precisam de correção. Já outros argumentam que a mensagem central do movimento é a liberdade de escolha – seja para aceitar o corpo como está, seja para buscar alterações quando a saúde está em risco.

  • Pró‑cirurgia: foco na saúde cardiovascular e mobilidade.
  • Contra‑cirurgia: risco de perpetuar estigmas sobre obesidade.
  • Experiência pessoal: Thais relata maior energia para brincar com as filhas.
  • Impacto social: debate ampliado sobre autonomia corporal.

Além das discussões online, Thais tem enfrentado questões legais relacionadas ao uso indevido da sua imagem e ao assédio virtual. Ela já entrou com processos contra perfis que divulgaram fotos manipuladas e lançaram ataques de fat‑shaming. A luta legal reforça seu posicionamento de que o corpo das pessoas não deve ser objeto de violência digital.

Em entrevistas recentes, Thais explicou que a cirurgia não elimina o amor-próprio. "Continuo me aceitando, mas também escolhi investir na minha saúde para viver mais momentos com quem eu amo", afirmou. Ela ainda destaca que a dança já faz parte do seu plano de recuperação – mesmo que agora com limitações temporárias, a prática de movimentos suaves tem ajudado na fisioterapia do pé e na motivação psicológica.

O caso de Thais Carla abre uma janela para refletir sobre como a sociedade entende a relação entre aceitação do corpo e cuidados médicos. Não há respostas simples, mas a história mostra que cada pessoa pode traçar seu próprio caminho, equilibrando princípios ideológicos com necessidades físicas. Enquanto a influenciadora segue compartilhando sua evolução, o debate continua vivo, lembrando que a saúde e a identidade corporal são temas intrinsecamente pessoais.

Sobre o Autor

Escreva um comentário