Quando a gente fala de abuso infantil, a imagem que surge pode ser assustadora, mas é essencial conhecer os sinais para agir rápido. Seja na rua, na escola ou na internet, o perigo pode aparecer de formas diferentes. Por isso, vamos conversar de forma direta: como perceber o que está acontecendo e o que fazer para proteger a criança.
Sinais de abuso e como agir
Os sinais variam, mas alguns comportamentos costumam aparecer com frequência. Se uma criança começa a mudar de humor de forma brusca, tem medo de certos lugares ou pessoas, ou apresenta lesões inexplicáveis, vale prestar atenção. Na internet, o risco de exposição precoce aumenta – como mostrou o caso do criador Felca, que falou sobre a exposição infantil em programas de TV.
Outro indício comum é a queda no desempenho escolar ou a evasão de atividades que antes eram prazerosas. Quando a criança tenta esconder o que está acontecendo, pode ficar silenciosa, evitar contato visual ou apresentar comportamentos regressivos, como voltar a fazer xixi na cama.
Se notar algo suspeito, a primeira atitude é conversar calmamente, sem pressionar. Pergunte como se sente, mostre que está ali para ajudar e que nada do que ela contar será motivo de castigo. Uma escuta atenta pode salvar a criança.
Denúncia e recursos disponíveis
Denunciar é obrigação de todos. No Brasil, o número 180 da Disque Direitos da Criança e do Adolescente funciona 24 horas e aceita denúncias anônimas. Também é possível ligar para a polícia (190) ou procurar o Conselho Tutelar mais próximo.
Se o abuso for digital, registre a ocorrência nas plataformas de redes sociais e acione a equipe de segurança. Muitos serviços de internet têm ferramentas de denúncia de conteúdo adulto ou predatório.
Além dos órgãos oficiais, ONGs como a ONG Criança Feliz oferecem apoio psicológico e jurídico para vítimas e familiares. Buscar acompanhamento profissional – psicólogo ou assistente social – ajuda a criança a superar traumas e a família a entender o que fazer.
Não deixe o medo de ser incrédulo ou de enfrentar burocracias impedir a ação. Cada denúncia pode impedir que outro caso aconteça.
Em resumo, ficar atento aos sinais, conversar com empatia e acionar os canais corretos são passos simples, mas poderosos. Se você suspeita de abuso infantil, não hesite: denuncie, procure apoio e ajude a construir um ambiente mais seguro para nossas crianças.
Compartilhe essas informações com amigos, familiares e professores. Quanto mais gente souber como agir, menos vítimas teremos.
O Conselho Tutelar de Anápolis retirou a filha dos influenciadores Igor Viana e Ana Santi de sua guarda por suspeitas de abuso e exploração financeira. A criança, que possui paralisia cerebral, era usada em vídeos online para arrecadar doações que teriam sido desviadas para uso pessoal. O caso foi encaminhado ao Judiciário para análise e os pais estão proibidos de contato com a filha.
