Carlos Alcaraz aposta em festas em Ibiza como segredo para triunfos em Wimbledon

Carlos Alcaraz quebra padrões e aposta em festas para recarregar as energias

Enquanto muitos atletas de elite apostam em rotinas rígidas, foco total nos treinos e alimentação controlada, Carlos Alcaraz encontrou uma alternativa bem diferente na preparação para Wimbledon. O espanhol, atualmente um dos maiores nomes do tênis mundial, revelou no documentário da Netflix Carlos Alcaraz: My Way que trocou parte do treinamento tradicional por uma tática pouco convencional: escapadas rápidas e intensas para Ibiza, repletas de festas e diversão.

Essa revelação pegou muita gente de surpresa, inclusive quem trabalha próximo ao tenista. O empresário Albert Molina foi um dos que tentaram dissuadir Alcaraz da ideia, temendo que as viagens e o clima de balada comprometessem a disciplina. E não foi só ele: até Juan Carlos Ferrero, técnico que acompanha cada detalhe da evolução do espanhol, viu riscos em tanta liberdade, principalmente comparando com rivais como Novak Djokovic, conhecidos pelo rigor quase militar na preparação.

Ibiza como refúgio mental antes da grama

Alcaraz não pareceu se abalar com as opiniões contrárias. Segundo ele mesmo disse no documentário, as festas em Ibiza não eram só lazer, mas uma forma de aliviar a cabeça depois da pressão dos grandes torneios em saibro, como Roland Garros. “Depois do estresse do Aberto da França, eu precisava explodir a mente”, contou, resumindo o sentimento de exaustão mental pós-competição. Ele sabia que ter três dias inteiros só para curtir era raro, então fez questão de aproveitar ao máximo antes de voltar para a temporada na grama.

A ideia não era simplesmente relaxar, mas fazer um ‘reset’ psicológico. Depois de desconectar em Ibiza, Alcaraz voltava mais leve, com outra disposição para os treinamentos e competições. Para surpresa de quem duvidava, a tática funcionou: nas duas vezes em que embarcou para a ilha espanhola antes do torneio de Wimbledon, saiu de lá direto para levantar títulos no Queen’s Club e no torneio mais tradicional do tênis mundial, tanto em 2023 quanto em 2024.

Alcaraz faz questão de esclarecer que a vitória não veio diretamente das festas, mas da pausa que elas representavam para sua mente. O resultado é uma discussão interessante sobre como cada atleta, mesmo em um esporte tão tradicional quanto o tênis, pode (e deve) respeitar sua individualidade para render o máximo possível, sem perder autenticidade no caminho.